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SobreVivencia

Por Amanda Meireles



Somos todos animais. “Racionais”, você poderia completar com veemência. Eu não posso discordar, mas posso ressaltar – e a nossa querida amígdala cerebral está aí para não me deixar mentir – que nossos instintos primitivos podem ser facilmente ativados.


O medo, por exemplo, é um instinto em comum com nossos amigos irracionais. Este é um sentimento para sobrevivência. Instintivamente, faz uma gazela saltitar em direção contrária ao leão que corre em sua direção. Quanto mais potente for o cérebro, maior a capacidade de prever o futuro e sentir medo do que virá. Diferente da gazela que espera o leão chegar perto para sentir o medo e fugir, nós conseguimos sentir medo do boleto que vencerá daqui a uma semana. Nas poucas vezes que viajei de avião, faltava a cabeça explodir de tanto doer. A minha previsão sempre é de que o avião vai cair e eu vou ter um ataque do coração antes mesmo de colidir com alguma montanha ou afundar no mar.


Felizmente, essa capacidade de prever é também a saída para o problema, porque temos a oportunidade da precaução. Parece que faz ainda mais sentido aquela velha (e perfeita) frase: “A coragem não é ausência do medo, mas a capacidade de agir apesar dele”.


Minha esperança é trazer um pouco de verdade quanto ao que sentimos. Nosso instinto nos diz que focar apenas em coisas boas é perigoso, uma vez que precisamos considerar as hipóteses de perigo. Então é natural que em certa medida foquemos em coisas ruins que nos acontecem. Assim como é natural ativarmos nossa capacidade de nos adaptar e de aprender, de criar estratégias para vencermos o medo e sobrevivermos a essa dificuldade.


A saída pode ser algo simples e rotineiro como respirar. Eu consigo superar o pavor no avião e aliviar a carga do meu coração acelerado quando respiro pelo nariz, por exemplo.


Parece que fomos feitos pouco maiores que os animais. Mas fomos, na verdade, feitos pouco menores que os anjos. É o que diz o salmo 85.


E aqui, entre esse pouco mais e pouco menos, habita o segredo real da sobrevivência: vencer o instinto ou ser vencido por ele. Eu acredito que Deus criou todas as coisas, inclusive a mim, minha amígdala cerebral e todo esse sistema perfeito que é o universo do corpo humano, me munindo de todas as armas necessárias para minha sobrevivência. E quando Ele soprou em mim o folego de Sua própria vida, estava soprando a esperança, a resiliência, a força que não é da minha natureza apenas, mas de Sua própria natureza divina.




 

Autoria



Amanda Meireles nasceu em 09 de outubro de 1983, em Duque de Caxias. Mãe apaixonada de Isabela e Isaque, estudante de Psicopedagogia, defensora da inclusão e do acolhimento, intérprete de Libras há 11 anos.


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